domingo, 15 de fevereiro de 2009

Fevereiro

Não são as águas de março.
Agora é fevereiro. Chove lá fora e aqui dentro. Aqui dentro, dentro e dentro de casa também. Essa reforma que nunca acaba. Essa água que nunca acaba. Essas vontades todas misturadas causando raios e trovões e estranhas sensações.
Semana que vem já é carnaval. Carnaval. Com letra maiúscula. Gosto só porque é feriado. Não gosto muito da festa. Mas se tiver que bagunçar, eu bagunço.
E depois, fevereiro será março.
Aí sim, teremos as "águas de março".
Os esquimós, que vivem cercados de água: água mole, água dura, água fofa... lá também tem isso? Também tem carnaval? E tem as águas de março?
Os esquimós também têm essas vontades misturadas que causam raios e trovões e estranhas sensações?
Sim. Claro. Têm sentimentos. Assim como nós. E os indianos, iraquianos, muçulmanos, noruegueses (essa é pro Heder!), israelitas, chineses, paquistaneses, baianos e japoneses!
Carne, osso, músculos, veias... mas antes e acima de tudo, somos sentimentos.
Reagimos, agimos por eles, por causa deles. Caminhamos por causa deles.
Os sentimentos. Que não mudam de estação se nós não mudarmos. Continuarão exatamente iguais nas águas de março e na moda outono-inverno, se não quisermos que mudem.
Os sentimentos, não são como as águas de março, que cessam e voltam só no ano seguinte. Então, ou a gente aprende, ou a gente aprende!

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