quinta-feira, 18 de abril de 2013

Será que pode?

Onde começa a individualidade e onde começa a possibilidade de postar tudo instantaneamente na rede? Sua liberdade de expressão oprime a minha decisão de me expor, e isso pode? Onde termina a hipocrisia nessa atualidade tão virtual? Como fica a educação das crianças quando tudo é permitido na sociedade? Como as crianças diferenciarão o que realmente podem fazer do que as pessoas dizem que elas podem fazer? A distância entre a realidade e o mundo virtual é tão pequena que se confunde. As pessoas têm mais coragem online e se escondem na vida real. Os movimentos online são incontáveis... e na vida real... tudo continua na mesma, ou até mesmo, piorando. As vidas reais estão tão monótonas e vazias que é preciso postar "check-in em Starbucks near the Office". As amizades são tão virtuais que os smartphones tomaram o lugar do silêncio das nossas mentes. Tomaram aquele tempo que as pessoas usavam pra pensar em suas vidas, em como fariam para concluir suas tarefas do dia, em como surpreender as pessoas amadas, em coisas em que é preciso pensar de vez em quando. A proximidade que a tecnologia poderia trazer está transformada em distância. Uma distância segura. Segura o suficiente pra que não seja necessário interagir pessoalmente com ninguém. Mas uma distância que fere, porque promove a solidão, o egocentrismo cada vez mais enraizado e consentido. E o egoísmo que move a indelicadeza de não mais largarem os smartphones durante uma conversa com pessoas reais, de verdade, ali, sentadas frente à frente! Ah... isso está tão comum! Onde começa a individualidade e onde começa a possibilidade de postar tudo instantaneamente na rede? Sua liberdade de expressão oprime a minha decisão de me expor, e isso pode? Será que pode mesmo, o seu espaço invadir o meu? Será que pode mesmo?

segunda-feira, 8 de abril de 2013

De novo....

Sinto saudades de muita gente. Gente que só passou pela minha vida, pra alguma lição rápida. Mas que aprendi, antes ou depois que as pessoas tivessem "sumido", aprendi. Gente que "nasceu" comigo em idéias, ideais, vontades e sonhos de criança. Gente que me viu nascer e que, por enquanto, não posso mais abraçar. Nem olhar no olhar. Nem ligar só pra perguntar: "tá tudo bem?". Gente que andou ao meu lado, compartilhou de minhas idéias, mas que os caminhos trataram de deixar longe por um tempo. Volta e meia, me pergunto secretamente: será que ainda vamos nos reencontrar? Gente que some e aparece. Estes dependem da lua, dos ventos, das correrias todas dessa nossa vida. Mas o que mais admiro é que eles reaparecem, sem que eu precise procurá-los. O que me dá uma sensação de carinho tão grande... Gente que ainda nem conheço, mas sinto saudade. Porque tenho tanta coisa aqui dentro que, tenho certeza, tem alguém aí fora que deve ter as mesmas "coisas" que eu. É saudade do velho, do antigo, do novo, do inesperado, do abraço, do silêncio, do turbilhão de emoções que sempre teremos a compartilhar. É só saudade. De novo.