domingo, 26 de julho de 2009

Eu amo

Eu amo amar.
Eu amo a paz do amor.
E a tormenta também.
Amo o silêncio do amor.
E a balburdia dele.
Amo a bagunça que ele faz no que a gente achava que estava organizado.
Amo os espaços onde ele se esconde e a gente nem sabia que existia.
Amo o amor novo.
E o velho amor.
De novo.
Porque nunca é o mesmo.
Mas é sempre um amor terno.
Sincero e singelo.
Esse que gosto de sentir e mantenho aqui.
Não por quem eu quero.
Mas por quem quero bem.

domingo, 12 de julho de 2009

Aviso Sobre Minha Pobreza

Eu sou o tipo pobre de escritora.
Aquele tipo que só escreve o que sente, o que vive, o que imagina.
Mas não sou do tipo que consegue imaginar alguma coisa só pra escrever. Não, não senhores.
Só consigo escrever alguma coisa que eu imaginei por algum outro motivo.
Uma coluna redonda que vai ficar num canto da sala, mas ninguém queria, nem sabe o que fazer com ela. Daí, vamos imaginar o que dá pra fazer com uma coluna no canto da sala.
Depois de imaginar, escrevo sobre ela. É mais ou menos assim, entenderam?
Então.
Então, já saibam que aqui, neste cantinho, haverá sempre relatos. Mesmo que um pouco disfarçados, um pouco imprecisos, subjetivos ou alterados, mas tenham certeza, algo aconteceu para que eu escrevesse.
Porque eu sou o tipo pobre de escritora.

Antes, Durante e Depois

Então, meu avô paterno, o único avô com quem tive contato, desencarnou há alguns dias.
Faz uma falta aquele homem! Como faz falta!
Mas a gente vai se virando e vai vendo que a importância dele é muito maior do que um corpo físico.
Por convenções e tradições, visitar o cemitério em que o corpo dele foi enterrado tornou-se parte de minha semana.
E fomos hoje, como nas semanas anteriores.
Limpamos a lápide, fizemos nossas preces, cuidamos das flores e quando estávamos de saída, um cheiro de yakisoba chamou a atenção.
Era uma festa, um bazar japonês que estava sendo realizado.
Logo quando chegamos ao cemitério, lotamos que o estacionamento estava lotado demais.
Percebemos, então, o motivo: o bazar estava utilizando o estacionamento do cemitério.
Mas foi tudo acordado, não havia ninguém sendo enganado, não.
Tinha até transporte gratuito do cemitério para o bazar.
Entonces, depois de um tempinho no cemitério, fomos ao bazar.
Barulhento, cheio, desorganizado, com lama pra todo lado...
Mas fomos e ficamos.
Compramos coisas. Compramos comida.
Descobrimos coisas. Tiramos dúvidas.
Conhecemos pessoas. Lembramos de outras.
Sorrimos muito.
Nos divertimos.
E ficou bem claro: HÁ VIDA ANTES, DURANTE E DEPOIS DA MORTE.
Sem que isso signifique desrespeito, sem que isso signifique que não está um buraco enorme, sem que isso signifique que não nos importamos: é preciso viver!
Hoje, mais do que em qualquer outro dia que tenha sucedido o desencarne do di, isso ficou claro.
Espero que ela entenda...