domingo, 12 de julho de 2009

Antes, Durante e Depois

Então, meu avô paterno, o único avô com quem tive contato, desencarnou há alguns dias.
Faz uma falta aquele homem! Como faz falta!
Mas a gente vai se virando e vai vendo que a importância dele é muito maior do que um corpo físico.
Por convenções e tradições, visitar o cemitério em que o corpo dele foi enterrado tornou-se parte de minha semana.
E fomos hoje, como nas semanas anteriores.
Limpamos a lápide, fizemos nossas preces, cuidamos das flores e quando estávamos de saída, um cheiro de yakisoba chamou a atenção.
Era uma festa, um bazar japonês que estava sendo realizado.
Logo quando chegamos ao cemitério, lotamos que o estacionamento estava lotado demais.
Percebemos, então, o motivo: o bazar estava utilizando o estacionamento do cemitério.
Mas foi tudo acordado, não havia ninguém sendo enganado, não.
Tinha até transporte gratuito do cemitério para o bazar.
Entonces, depois de um tempinho no cemitério, fomos ao bazar.
Barulhento, cheio, desorganizado, com lama pra todo lado...
Mas fomos e ficamos.
Compramos coisas. Compramos comida.
Descobrimos coisas. Tiramos dúvidas.
Conhecemos pessoas. Lembramos de outras.
Sorrimos muito.
Nos divertimos.
E ficou bem claro: HÁ VIDA ANTES, DURANTE E DEPOIS DA MORTE.
Sem que isso signifique desrespeito, sem que isso signifique que não está um buraco enorme, sem que isso signifique que não nos importamos: é preciso viver!
Hoje, mais do que em qualquer outro dia que tenha sucedido o desencarne do di, isso ficou claro.
Espero que ela entenda...

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