sexta-feira, 27 de março de 2009

Três Crivos

Hoje vieram me contar uma coisa que parecia muito misteriosa e importante.
Aquele tom de voz, aquele olhar, o ar de segredo que se fez logo me fez lembrar da parábola dos três crivos.
Alguém se lembra dela? Alguém conhece esta parábola?
Não vou contar a parábola aqui, mas chegando logo à moral da parábola: não deixe que meia palavra saia de sua boca antes de ter passado pelos crivos:

1 - da verdade
2 - da bondade
3 - da utilidade

Como suspeitei, aquilo que queriam me contar e não permiti (pois acabei perguntando dos três crivos) não era verdade, não era bom e muito menos útil.
Por não ter conseguido me usar como disseminadora de uma estória, rapidamente a pessoa procurou outro alguém para despejar o tal "fato".
Normalmente agem assim; sentimos no tom da fala, no olhar, conseguimos perceber pela seleção de palavras que o que vai ser dito não passou pelos três crivos.
E se não dermos oportunidade de que nos digam, dirão - e em bem pouco tempo - para alguém que possa espalhar o palavrório a outro alguém que vai espalhar pra outro alguém até que o telefone sem fio transforme a cabeça de um alfinete numa guerra mundial.
Mas se não dermos oportunidade de que nos digam, faremos com que entendam que não somos como eles e que damos valor à palavra.
Afinal... há quatro coisas que não voltam: "a flecha lançada, a palavra dita, a oportunidade perdida e o tempo passado".

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