quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Crianças

Eita coragem!
Nascemos sem dente, carecas, sem falar, pelados... e mesmo assim, nascemos!
A gente chega berrando ao mundo:
- É isso aí, eu cheguei! Tô aqui! Tá ouvindo!?!? Aqui!!!
E enchemos os pulmões novamente e berramos ainda mais!!
- E agora que cheguei, vocês vão ter que me aguentar!!
Cômico isso, cômico. Interessante também. Mas acima de tudo, corajoso.
Desconsiderando o lado espiritual, vamos analisar a situação somente no instante do nascimento: nascemos de pessoas que a gente não conhece, que conhecem mais pessoas que a gente não conhece, mas que são nossa família.
É... e a gente mete as caras mesmo assim.
E pra andar? De onde vem a vontade de andar depois de tombos e tombos com aquela fralda que deixa a gente com a bunda do tamanho do mundo? É, mas a gente põe um sorriso na cara, dá um gritinho pra acordar as células e se levanta e tenta andar de novo.
Os gritinhos, de tanto gritados um dia viram palavras. Erradas, babadas, cortadas, inventadas, mas a gente aprende a falar!
E o que mais a gente sabe fazer?
Andar de bicicleta, comer, escolher a cor da nossa calcinha, o tecido do lençol, o caminho da escola, do trabalho, dirigir, respirar, escrever, desenhar, conversar, desejar, reprimir, calcular impostos, se revoltar com a política, preferir tomar banho de chuva, se enxugar depois ... dá pra passar dias escrevendo tudo o que a gente sabe fazer.
Mas por mais que você negue, por mais que não consiga concordar: a gente só aprende quando perde o medo.
Quando a gente perde o medo de mudar, quando a gente perde o medo de sair da nossa zona de conforto, quando a gente perde o medo de passar vergonha, quando a gente perde o medo de perguntar.
E tem outra coisa: quando a gente aprende o gosto do "arriscar" e do "conquistar".
Ah! Aí não tem pra ninguém! Ninguém segura! É bom, não é!? Ver a casa pronta, sentir os cabelos ao vento, voar de asa delta, ir à formatura do filho... cara... valeu o esforço, não valeu!?
Sejamos mais crianças! Alimentemos a criança que temos em nós!

3 comentários:

Unknown disse...

Eita japinha ... mais uma vez sem palavras ....

amo vc

Dora Guiseline disse...

Adorei o texto. Também acho que precisamos ser mais crianças para encarar o mundo de forma mais livre, mais criativa, mais corajosa, mais curiosa...
Beijos
Dora

Anônimo disse...

Nossa não quero ser criança de novo não quero logo reencarnar já adulto, heheheh, nossa ter que ir para escola de novo, aprender tudo de novo? Mas acho que será diferente estaremos mais adiantados, quando nascermos vamos logo dizer para o médico: "Não se atreva bater no meu traseiro caso contrário leva um chute na barriga, certo cara?" Hehehe...
Texto 10
Mil beijos!