quarta-feira, 20 de março de 2013

Memória

Não sei recitar poemas. Nunca soube. O mais perto que chego disso, são as letras de música que, por ventura, ainda sei. Não tenho escritor favorito. Nem escritora. Amo as letras. As palavras. As frases, enredos, segredos, entrelinhas e os milhares de pensamentos que me invadem quando leio. E por isso, mesmo que inconscientemente, nunca consegui recitar poemas. Não os memorizo. Não por falta de memória. Mas por... simplesmente por não ver necessidade nisso. Até admiro que o faz. Gosto de ver a interpretação que as pessoas fazem dos poemas que declamam. Vejo ali, a compreensão que deram àquelas palavras. Mas eu, não. Não memorizo. Mesmo dos autores que mais leio. Simplesmente para me permitir ser livre. Mantenho a liberdade de ler o que me der vontade, fugir totalmente do que "sempre li". Mantenho em mim, a liberdade de gostar de algo novo, de descobrir ironias em livros de suspense sem me prender aos fatos políticos que podem ter movido o autor a criar tal cena. Mantenho a liberdade de não me aprofundar nos motivos dos autores para cada linha. Assim, minha interpretação é minha. Sem influência. Sem informação de massa. Leio muito. E a cada dia que se passa, mais ainda amo ler. Mas não serei o tipo de pessoa que recita, declama ou cita frases exatas de um livro lido. Não. Não eu. Pra que minha liberdade não perca a espontaneidade de ir pra prateleira que bem entender dentro de uma biblioteca.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tem culpa minha? , e se tem ??? , tem orgulho também. Admiro muitos escritos e memorizo no coração o aprendizado que ele me traz. Tão somente e o bastante para mais ler, e viver o momento brilhante que o autor me presenteia. Beijos Mi.