sexta-feira, 26 de junho de 2009

LUTO.

Meu ditchan desencarnou na quarta-feira passada, dia dezessete de junho.
"Ditchan" é "avô", em japonês.
Pra quem não sabe, sou descendente de japoneses.
Ele desencarnou após uma intervenção cirúrgica.
E antes do que queríamos.
Por isso, mais do que qualquer outra vez, estou de luto.
LUTO.
Como ele me ensinou, como ele ensinou pra todo mundo: LUTO.
Vou LUTAR como nunca pelo que quero, pelo que acho certo.
Estou de LUTO aberto, leve, grato.
Presença como a dele é um presente.
Companheirismo velado, mesmo que calado, é um presente.
Ensinamentos sem tom de filosofia hipócrita, é um presente que ele soube me dar como ninguém.
Filosofia sem que me fizesse sentir sono, somente gerando mais energia e curiosidade e vontade em mim, é um presente que ele me dava sempre, como ninguém.
Amor incondicional.
Então, porque não LUTAR?
Eu LUTO.
LUTO.
Por tudo o que ele me ensina. Por tudo o que me faz sentir. Por tudo o que me faz querer.
LUTO.
Usei todas as oportunidades que tive de dizer que o amo e continuarei fazendo.
Não me arrependo de nada com ele.
Fizemos tudo o que tínhamos pra fazer.
Me sinto plena por ele e por mim.
LUTO.
Sempre.
Porque se eu conseguir ser um terço da pessoa que ele é, sei que terei ajudado bastante este mundo a ser um lugar muito melhor pra se viver.

3 comentários:

Veneranda disse...

Luara, só hoje consegui passar no teu blog pra agradecer a sua delicada visita na "minha" Oficina do Verbo.
Mas ao chegar aqui encontro esse texto que é, embora falando de perda, um relato comovente e sensível.
Vou ler outras postagens...e sempre que possível passarei por aqui.
Bjs

Veneranda disse...

Voltei.
Andei passeando por aqui... adicionei teu blog ao Oficina do Verbo. Tá lá... na Oficina dos Amigos.
Bjs

Unknown disse...

Moça, Que bom q vc pode dizer e fazer tudo que deveria ter feito com ele. Eu tbm penso assim, pode ter certeza que você tem um companheiro no LUTO!! To chegando rsrsrs